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Filosofia e acupuntura ryodoraku pdf 23: Um guia completo sobre a filosofia e a acupuntura ryodoraku



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filosofia e acupuntura ryodoraku pdf 23




Trata-se de estudo qualitativo sobre as redes sociotécnicas que orientam aestrutura e o funcionamento da Liga de Acupuntura da Faculdade de Medicina daUniversidade de São Paulo. Emprega-se metodologia da teoria ator-rede,desenvolvida por Bruno Latour nos estudos sobre produção científica. Constituídode observação de campo, entrevista semiestruturada e análise documental, oestudo oferece achados relevantes, com destaque para o entendimento daacupuntura como estratégia terapêutica efetiva na assistência à saúde, modulandoo uso de fármacos, a identificação da necessidade de regulamentação do ensino eprática da acupuntura e o reconhecimento de outros profissionais da área dasaúde como colegas na prática dessa terapêutica.


A acupuntura é uma estratégia de tratamento de saúde que integra o conjunto deconhecimentos da medicina chinesa, com origem atribuída à região do médio rio Amarelo eà região leste da China atual. Considera-se o Huan Di Neijin (Medicinainterna do Imperador Amarelo) o cânone que primeiro sistematizou sua aplicação e uso demaneira mais abrangente durante a dinastia Han (202 a.C.-220 d.C.) (Barnes, 2007BARNES, Linda L. Needles, herbs, gods and ghosts:China healing and the West to 1848. Cambridge: Harvard University Press.2007.; Klein-Franke, Ming, 2003; Ma, 1992MA, Kan-Wen. The roots and development of chinese acupuncture: fromprehistory to early 20th century. Acupuncture inMedicine, London, v.10, p.92-99. 1992.; Unschuld, 1987UNSCHULD, Paul Ulrich. Traditional chinese medicine: some historicaland epistemological reflections. Social Science and Medicine,London, v.24, n.12, p.1023-1029. 1987.; Needham, 1978NEEDHAM, Joseph. De laciencia i la tecnologia chinas. Madri: Siglo XXI.1978.).


O uso da acupuntura foi bastante difundido em território chinês, com definição de pontose indicação de aplicação para diferentes situações de saúde, segundo diferentes escolas,com uso de técnicas variadas e com características específicas. Durante a dinastia Tang(618-907), foi integrado aos ensinamentos da Escola Médica Imperial e, durante a Song(960-1127), ocorreu uma primeira grande normalização da terapêutica, com oficializaçãode pontos e modelagem do primeiro boneco de bronze com sua localização precisa, para usoem exames de estudantes de medicina, em 1026. Novas sistematizações ocorreramposteriormente, mas, durante a dinastia Qing (1644-1912), a acupuntura entrou emdeclínio, sendo identificada com curandeirismo e desprestigiada, quando do avanço damedicina ocidental na China, introduzida por missões religiosas. Em 1822, a terapêuticafoi excluída do currículo médico da escola imperial e, em 1929, proscrita das escolasmédicas oficiais, assim como toda a medicina chinesa (White, Ernst, 2004WHITE, Anthony; ERNST, Edzard. A brief history of acupuncture.Rheumatology, London, v.43, p.662-663.2004.). Paradoxalmente, foi no mesmo período que a acupunturapassou a ser objeto de interesse da medicina ocidental.


O declínio da medicina chinesa no território natal não impediu que seu conhecimentocontinuasse sendo divulgado e praticado de maneira informal. Dessa permanênciaresultaram algumas das linhas de acupuntura que chegaram ao Ocidente. O ensino oficialda medicina chinesa foi retomado na China em composição com a medicina ocidental moderna(MOM), após a criação da República Popular da China (Yang, 2004YANG, Nianqun. Disease prevention, social mobilization and spatialpolitics: the Anti Germ-Warfare Incident of 1952 and the Patriotic HealthCampaign. The Chinese Historical Review, Indiana, v.11, n.2,p.155-182. 2004.) em 1949. Nesse cenário, a acupuntura já se estabelecera comoterapêutica e objeto de estudo científico em diferentes países ocidentais.


Na verdade, o conhecimento do Ocidente sobre a medicina chinesa ocorreu por meio de ondasorientalistas. A primeira teria acontecido por volta do século XVII, com destaque paraas ervas medicinais e suas aplicações, por influência de médicos da Companhia Holandesadas Índias Orientais, de jesuítas e de vias diplomáticas (Barnes, 2007BARNES, Linda L. Needles, herbs, gods and ghosts:China healing and the West to 1848. Cambridge: Harvard University Press.2007.; Bossy, 1982BOSSY, Jean. The history of acupuncture in the West: exotism,esoterism and opposition to Cartesian Rationalism, complementary to theOccidental Medical System. Nihon Ishigaku Zasshi [Journal ofJapanese History], Tokyo, v.28, n.1, p.81-120. 1982.). Aacupuntura não era mencionada. Sua própria onda chegou a partir do século XVIII,relacionada ao campo da cirurgia, em formação, porque era considerada uma terapêutica deaplicação externa (Bossy, 1982BOSSY, Jean. The history of acupuncture in the West: exotism,esoterism and opposition to Cartesian Rationalism, complementary to theOccidental Medical System. Nihon Ishigaku Zasshi [Journal ofJapanese History], Tokyo, v.28, n.1, p.81-120. 1982.). Essa chegadaacompanhou o processo mais amplo de valorização das civilizações orientais, em umperíodo de grandes transformações políticas, sociais e econômicas no Ocidente.


Nova onda de valorização da acupuntura com perfil mais místico e esotérico deu entrada noOcidente nos anos 1960, acompanhando um movimento neo-orientalista relacionado àcontracultura (Barros, 2008BARROS Nelson Filice de. A construção da medicinaintegrativa: um desafio para o campo da saúde. São Paulo: Hucitec.2008.). Essa linha foidesenvolvida por profissionais como Nguyen van Nghi e outros (Bossy, 1982BOSSY, Jean. The history of acupuncture in the West: exotism,esoterism and opposition to Cartesian Rationalism, complementary to theOccidental Medical System. Nihon Ishigaku Zasshi [Journal ofJapanese History], Tokyo, v.28, n.1, p.81-120. 1982.). A linha de tendências mais místicas considerava que achamada MTC e a acupuntura constituíam um núcleo conceitual próprio e irredutível àqueleque caracteriza a MOM (Camargo Jr., 1993CAMARGO JR., Kenneth Rochel de. Racionalidadesmédicas: a medicina ocidental contemporânea. Rio de Janeiro:Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Instituto de Medicina Social.1993.). Essanova abordagem deu ensejo a que se constituísse uma via de estudos consolidada em tornodo conceito de racionalidades médicas (Luz, M.,1993LUZ, Madel Therezinha. Racionalidades médicas e terapêuticasalternativas. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio deJaneiro/Instituto de Medicina Social. 1993., 1996aLUZ, Madel Therezinha (Coord.). V Seminário do ProjetoRacionalidades Médicas. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio deJaneiro/Instituto de Medicina Social. 1996a., 1996bLUZ, Madel Therezinha (Coord.). VI Seminário do ProjetoRacionalidades Médicas. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio deJaneiro/Instituto de Medicina Social. 1996b., 2007LUZ, Madel Therezinha. Novos saberes e práticas em saúdecoletiva: estudos sobre racionalidades médicas e atividadescorporais. São Paulo: Hucitec. 3.ed. 2007.; Luz, D., 1993LUZ, Madel Therezinha. Racionalidades médicas e terapêuticasalternativas. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio deJaneiro/Instituto de Medicina Social. 1993.), o qual visava legitimar as práticasdas MCAs de maneira autônoma em relação à MOM, com implicações importantes nasdiscussões sobre políticas públicas em saúde a partir dos anos 1990.


O propósito deste artigo não é tomar posição em relação às diferentes abordagens daacupuntura. Ele reconhece sua existência no Ocidente desde o início do século XIX,tomando-a como área específica de conhecimento científico ou não científico, mas propõedescrever aprendizado e prática de acupuntura na linha científica entre estudantes daFaculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), considerada pelos mesmosinstituição conservadora frente a terapêuticas não ocidentais.


Para compreender o processo de instalação da acupuntura no Hospital das Clínicas (HC) daFMUSP é necessário entender como a terapêutica entrou no país. No Brasil, a medicinachinesa encontrou receptividade desde o período colonial, incorporada ao processo detrocas comerciais entre Oriente e Ocidente (Freyre,2008FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala: formaçãoda família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global.2008.; Leite, 1999LEITE, José Roberto Teixeira. A China no Brasil:influências, marcas, ecos e sobrevivências chinesas na sociedade e na artebrasileiras. Campinas: Editora da Unicamp. 1999.), com destaque paraas ervas medicinais. Chama atenção, no entanto, que a prática da acupuntura possa tersido introduzida a partir do início do século XX, por meio da colônia japonesa, nasregiões onde essa se instalou, com destaque para o estado de São Paulo e particularmentesua capital. Considera-se que, inicialmente, seu uso fosse restrito aos cuidados demembros da própria colônia.


Abordagem efêmera do assunto foi realizada pelo médico Geraldo Horácio de Paula Souza(O Globo, 22 jul. 1943O GLOBO. O Globo, Rio de Janeiro. 22 jul.1943.) em instituiçõesoficiais nos anos 1940, sem repercussão visível no ambiente médico. A despeito dessaprimeira aproximação de um médico brasileiro com a acupuntura e a medicina chinesa, aterapêutica mais propriamente ganhou adeptos e começou a se estabelecer no Brasil apartir dos anos 1960, por meio da divulgação e oferta de cursos livres ministrados porpioneiros não orientais, como o fisioterapeuta e massoterapeuta Friedrich Johan Spaeth(1912-1990) e o médico Evaldo Martins Leite (1930- ), os quais formaram parteconsiderável das primeiras gerações de acupunturistas brasileiros não orientais, médicosou não. Nesse período, a formação era multiprofissional em sentido irrestrito. Qualquerpessoa adulta era considerada habilitada a aprender e praticar essa terapêutica, nãohavendo absolutamente regulamentação para o assunto. Desde então, outras linhas deaprendizado foram se estabelecendo no país, como a coreana e a vietnamita, sendo quealguns profissionais davam preferência ao autodidatismo. 2ff7e9595c


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